Autonomia e Luta é um boletim produzido por trabalhadores da educação inconformados com a precarização da educação e descontentes com o
imobilismo da direção sindical (SINTEP/MT).
Esse é o de n° 06. Circulando especificamente para a Greve da Rede Estadual. Pedimos para quem concordar reencaminhar para outros contatos para gerarmos um debate maior e crítico sobre o tema. Essa Greve pode representar conquistas históricas para a educação mas se deixarmos ela apenas nas mãos da direção do SINTEP podemos não avançar tanto quanto queremos.
Este foi o boletim distribuido na Assembléia Legislativa na segunda dia 6 de junho.
Autonomia e Luta N° 05
Trabalhadores enfrentam a Seduc e entram em Greve!
Hoje é o primeiro dia da greve dos trabalhadores da educação de Mato Grosso, aprovada pela última assembléia reivindicando: o piso salarial de 1312,00 a hora atividade para os interinos e a imediata convocação de todos os concursados e classificados. Temos uma dura tarefa pela frente, a de construir um grande movimento de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, que saia vitorioso e consiga avançar nas nossas reivindicações. A nossa primeira tarefa para construir um movimento forte é conseguir a adesão de toda a categoria. A decisão coletiva da Assembléia de entrar em greve deve ser respeitada por todos, mesmo quem por ventura seja contra a greve. Mas alguns acreditam que cabe a cada escola definir se adere ou não ao movimento grevista. Criando uma situação difícil para muitos trabalhadores, afinal, a que decisão coletiva o trabalhador deve acatar, aquela que foi tomada pelo conjunto da categoria, ou aquela tomada em sua escola? O debate na escola deve ocorrer, mas antes da Assembléia, e que todos os trabalhadores e trabalhadoras, que sejam contra ou sejam a favor, participem da Assembléia e façam o debate com toda a categoria. Mas que após ser tomada a decisão, qual seja ela, a categoria saia dela unida. Por isso é necessário neste momento construir a greve, fazer a mobilização e o debate. Sabemos que os trabalhadores, principalmente os contratados, sentem-se pressionados a não participar do movimento. Mas devemos ter claro que se todos os trabalhadores estiverem unidos, não existem meios de retaliação. Em muitas escolas, sob a orientação da Seduc, os trabalhadores foram chamados a fazer uma ata identificando os trabalhadores que iriam ou não iriam participar da greve, com a justificativa de que os trabalhadores que aderissem deveriam assumir o compromisso pela reposição. Esta ação nos mostra um ensaio de repressão, um meio de coação ao trabalhador, mas que tem características de um blefe um teste para a força do nosso movimento.
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Neste momento devemos todos estar unidos, pensando estratégias para transformar esta greve num momento de reflexão sobre a educação e fortalecimento da luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Nossas pautas de reivindicações são mais que salariais exigimos que o sindicato reivindique uma resposta do governo referente ao não pagamento da hora atividade e a chamada dos concursados. Essa greve pode representar conquistas históricas para a educação, mas se a deixarmos apenas nas mãos da direção do SINTEP podemos repetir os erros da greve de 2008 onde a direção do sindicato não encaminhou a lutas da categoria. Com uma greve forte e combativa, mais rápido alcançaremos nossos objetivos. É importante a participação de todos e todas pressionando o sindicato a formar comissões de greve em cada cidade aberta a participação, debatendo com os estudantes, pais, comunidade fazendo atos de rua denunciando a intolerância do governo e o descaso com a educação.
Chegou a hora de avançarmos em novas conquistas...Chega de trabalho escravo na educação Governador, pague a hora atividade para todos! Já!Por escolas com melhores condições de trabalho! Chamada de todos os concursados e classificados e concursos periódicos! Por um salário que atenda nossas necessidades , rumo ao salário mínimo do Dieese (2.255,84)!
Autonomia e Luta é um boletim produzido por trabalhadores da educação inconformados com a precarização da educação e descontentes com o
imobilismo da direção sindical (SINTEP).
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