domingo, 5 de junho de 2011

Um país sem educação


Infelizmente não precisaremos esperar muito tempo para ver este nosso rico  continente mergulhado na mais profunda ignorância  em termos de subserviência, anulação de  direitos, desmatamento,  violência, doenças. Podemos observar, diariamente, crianças pela rua, pais omissos em sua responsabilidade de educar seus filhos, governantes totalmente perdidos, também omissos na incumbência de gestar, administrar, e optar por dar a melhor resposta àqueles que lhe deram seu voto de confiança nas urnas. Candidatos que em campanhas eleitorais prometiam priorizar saúde, segurança e educação. Eleitores são pacientes, e ainda aguardam resultados positivos. Em Santa Catarina, pacientes são desassistidos, faltam leitos nos hospitais, falta verba pra aparelhar o sistema. No item segurança, a falta de contingente para essa função, vulnerabiliza o cidadão, que se vê totalmente desprotegido e refém de bandidos mesmo em plena luz do dia.
O terceiro item, educação, também fica a desejar. Em nosso estado, uma greve de professores já completa dezoito dias. São dezoito dias de escolas quase que totalmente vazias, crianças e jovens sem aula. Seus professores, infelizmente , estão fazendo valer suas vozes nas ruas a fim de mostrar à sociedade que o governo não está cumprindo suas promessas de campanha. Existe uma lei a cumprir, a lei do piso nacional do magistério respeitando o plano de carreira, conquistado a duras penas, através de muita luta, pois sempre foi assim na história do magistério: assembléias, passeatas, punições, decepções  e muito sofrimento. 
Os educadores ensinam aos alunos o significado de  cidadania, contemplado em seus projetos educacionais. Procuram mostrar-lhes exemplos de como ser cidadão, honrar sua pátria, chamar-lhes à responsabilidade no cumprimento das leis previstas na constituição e principalmente nas conseqüências do não-cumprimento destas leis.
E agora, como fazê-los entender que justamente aquele que mais deveria dar esse exemplo, que é o governador , tenta  burlar esta lei?  Me perguntariam eles, então: -Como, professora, por que preciso eu fazê-lo, então?  Sou pequeno ainda, um simples adolescente. Poderia me explicar novamente o quê, é mesmo uma lei, senhora professora?
Com a palavra, o senhor  governador  Raimundo Colombo. 

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