Em 58% das 113 unidades de ensino pesquisadas faltam materiais de higiene e limpeza
Falta de segurança, acessibilidade, material de limpeza e até falta de lápis, livros e cadernos. Esse é o diagnóstico alarmante da situação nas unidades da rede estadual de ensino em 13 cidades da Grande Florianópolis. O levantamento, que mostra que em 54% das escolas da região não há material escolar para todos os alunos, foi divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Desenvolvimento Regional.
A pesquisa, encomendada pelo secretário regional Renato Hinnig, mostra a realidade nas 113 escolas regulares da região metropolitana de Santa Catarina. Para isso, foram ouvidos funcionários das unidades.
Em 71% das escolas pesquisadas não há material de expediente suficiente e em 58% os materiais de higiene e limpeza são insuficientes. Esses para o secretário, são problemas de gestão, que devem ser resolvidos a curto prazo.
— Hoje (nesta sexta-feira) nós já iniciamos uma reunião com os gestores da educação e até 6 de junho eles vão apresentar propostas para solucionar os problemas detectados — garante.
A falta de acessibilidade a deficientes físicos, apontada em 68% das unidades de ensino, também deve ser priorizada, bem como pequenos consertos. Em relação à infraestrutura (conforme o estudo 63% das escolas precisam de reforma geral) os investimentos devem demorar um pouco mais, pois dependem de verba do governo estadual.
Para o pedagogo e escritor da área de educação Hamilton Werneck a maior parte dos problemas na educação não são relativos à falta de verba, mas sim situações que uma "boa gerência" poderia sanar.
— Sempre que se tem mudança de governo há um período de adaptação. Enquanto as gerências não conseguem dominar completamente todo o processo podem ocorrer faltas — explica.
Werneck salienta, ainda, que falta de materiais e estrutura dificultam o processo de aprendizagem. Um estudante que não tem livro apenas ouve a aula e não poderá fazer exercícios de fixação, por exemplo.
Ideb em 1,6 ponto abaixo do considerado ideal
Outro ponto insatisfatório no levantamento é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Nos 13 municípios que compõem a Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, a média do Ideb é 4,4, enquanto o ideal estipulado pelo Ministério da Educação é 6. O Ideb de Santa Catarina é 4,2.
O professor Werneck entende que devido ao perfil cultural e de desenvolvimento de Santa Catarina em relação a outros estados brasileiros o Ideb poderia ser maior. Uma das hipóteses que ele levanta para isso é a forte migração, que pode dificultar o completo entendimento da língua portuguesa, aliada à falta de leitura, bastante exigida na prova do Ideb.
A pesquisa, encomendada pelo secretário regional Renato Hinnig, mostra a realidade nas 113 escolas regulares da região metropolitana de Santa Catarina. Para isso, foram ouvidos funcionários das unidades.
Em 71% das escolas pesquisadas não há material de expediente suficiente e em 58% os materiais de higiene e limpeza são insuficientes. Esses para o secretário, são problemas de gestão, que devem ser resolvidos a curto prazo.
— Hoje (nesta sexta-feira) nós já iniciamos uma reunião com os gestores da educação e até 6 de junho eles vão apresentar propostas para solucionar os problemas detectados — garante.
A falta de acessibilidade a deficientes físicos, apontada em 68% das unidades de ensino, também deve ser priorizada, bem como pequenos consertos. Em relação à infraestrutura (conforme o estudo 63% das escolas precisam de reforma geral) os investimentos devem demorar um pouco mais, pois dependem de verba do governo estadual.
Para o pedagogo e escritor da área de educação Hamilton Werneck a maior parte dos problemas na educação não são relativos à falta de verba, mas sim situações que uma "boa gerência" poderia sanar.
— Sempre que se tem mudança de governo há um período de adaptação. Enquanto as gerências não conseguem dominar completamente todo o processo podem ocorrer faltas — explica.
Werneck salienta, ainda, que falta de materiais e estrutura dificultam o processo de aprendizagem. Um estudante que não tem livro apenas ouve a aula e não poderá fazer exercícios de fixação, por exemplo.
Ideb em 1,6 ponto abaixo do considerado ideal
Outro ponto insatisfatório no levantamento é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Nos 13 municípios que compõem a Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, a média do Ideb é 4,4, enquanto o ideal estipulado pelo Ministério da Educação é 6. O Ideb de Santa Catarina é 4,2.
O professor Werneck entende que devido ao perfil cultural e de desenvolvimento de Santa Catarina em relação a outros estados brasileiros o Ideb poderia ser maior. Uma das hipóteses que ele levanta para isso é a forte migração, que pode dificultar o completo entendimento da língua portuguesa, aliada à falta de leitura, bastante exigida na prova do Ideb.
Confira alguns dados da pesquisa: |
• Em 54% das escolas nem todos os alunos incluídos no Programa de Transporte Escolar têm transporte garantido |
• Em 54% das escolas nem todos os alunos incluídos no Programa de Transporte Escolar têm transporte garantido |
• 53% das unidades não atendem critérios de higiene |
• 59% dos ambientes não atendem critérios básicos de segurança |
• Em 71% delas o material de expediente é insuficiente |
• 63% necessitam de reforma geral |
• 68% das escolas não atendem os critérios básicos de acessibilidade |
• 58% não têm material suficiente de limpeza e higiene |
* Foram avaliadas as escolas estaduais de Águas Mornas, Angelina, Anitápolis, Antonio Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São Pedro de Alcântara e São José, que somam 113 unidades de ensino |
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