sexta-feira, 27 de maio de 2011

SINTE: adesão subiu para 92%

26 de maio de 2011

Presidente do Sinte, Alvete Bedin, confirma que dois ofícios foram protocolados no governo pedindo audiências para negociação salarial. Um diretamente na Casa Militar e dirigido ao governador. Outro, na Secretaria da Educação. Até agora, nenhuma resposta.
Reunida com o comando de greve, Alvete anunciou que os levantamentos regionais foram concluídos revelando que a greve aumentou e não registrou qualquer refluxo, como anuncia o governo. Pelos dados do Sinte, a adesão agora é de 92% em todo o Estado.

Leiam a explicação dada pelo Moacir Pereira sobre o cenário político com a greve:


    Medida provisória entra em vigor, com força de lei, quando da assinatura e publicação no Diário Oficial. Ser constitucional ou inconstitucional é matéria para decisão do Poder Legislativo, durante discussão e votação, e também do Poder Judiciário. No caso do piso, a Assembléia poderá julgá-la inconstitucional, como alegam os deputados da oposição. Mas não creio nesta hipótese, pois o governo tem maioria e a interpretação é complexa.     Os professores apostam, contudo, é no desgaste político dos deputados. Eles, mesmo sendo da base do governo, não vão querer pagar esta conta. Não se esqueça que no ano que vem tem eleiçao municipal. Jean Kulhmann quer ser prefeito de Blumenau; Darci Matos de Joinville. Se eles votarem contra os professores, no clima que estamos vivendo, poderão pagar um preço muito elevado. Este é o problema. Os professores correm o risco de ter esvaziada a greve pelos que tiveram aumentos significativos. Se o governo sentir, contudo, que a categoria está unida, vai chamá-los para conversar. Oferecerá outra proposta e a greve acaba.
     Outra coisa: o pior dos cenários é manter o quadro como está. Os professores especialistas, com mais tempo de serviço, retornarão as salas de aula desmotivados. Será uma tragédia para o ensino catarinense. E, aí sim, o desestimulo aos mais jovens para ingresso no magistério, será
 incomparavelmente maior. E o governador Raimundo Colombo sairá, neste contexto, chamuscado do processo.

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